Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, o IBGE, e apontam que 2 milhões e 300 mil crianças têm dificuldades no acesso as creches. Entre os obstáculos estão a localização das escolas, que costumam ser distantes de casa, a falta de vagas e principalmente o fato das creches não aceitarem as crianças por causa da idade. Normalmente as unidades aceitam somente acima de 2 anos de idade.

A lei de número 13.005 de 2014, institui que o Brasil deve atender pelo menos 50% das crianças de até 3 anos nas creches até o fim de 2024. Mas conforme o levantamento a meta não deve ser cumprida e que ainda há grande demanda por vagas em todo o país.

Atualmente, mais de 4 milhões de crianças frequentam creches, o que representa 40% do total de estudantes de até 3 anos no país. Cerca de 40% não frequentam a creche por opção dos pais ou por outro motivo, como falta de dinheiro para transporte e material (0,5%), o fato de as escolas não serem adaptadas a crianças com deficiência (0,2%) e problemas de saúde permanentes da criança (0,6%).

Crianças de até 3 anos:

– 4,7 milhões de crianças frequentam creches

40% não frequentam

– Opção dos pais;

– Falta de dinheiro para transporte e material;

– Escolas não adaptadas;

– Crianças com problemas de saúde permanente;

Fonte: IBGE

Dados apontam ainda que as barreiras de acesso atingem de forma diferente as crianças mais pobres e as mais ricas. Dentre as famílias mais pobres, 28% das crianças não estão nas creches por dificuldade de acesso. Já entre as mais ricas, esse número cai para 7%

Os maiores percentuais de demanda por creche concentram em quatro estados, sendo o acre com 48%, Roraima com 38%, seguido do Pará com 35% e Piauí com 33% . O maior número de crianças cujas famílias gostariam de vagas em creche, mas não conseguem, está em São Paulo (267 mil), Minas Gerais (217 mil), P
Pará (205 mil); Bahia (204 mil) e Maranhão (137 mil).

Desigualdade por CEP:

– Acre: 48%

– Roraima: 38%

– Pará: 35%

– Piauí: 33%

Número de crianças que gostariam de estar na creche:

– São Paulo: 267 mil

– Minas Gerais: 217 mil

– Pará: 205 mil

– Bahia: 204 mil

– Minas Gerais: 137 mil

Fonte: IBGE

Reportagem: Ana Beatriz Mello .