Um relatório divulgado recentemente aponta que 34% das cidades com o ar mais poluído do Brasil estão na Amazônia Legal. Os dados são da empresa de qualidade do ar, a IQAir. Vamos acompanhar!
O Relatório World Air Quality de 2023, publicado nesta semana, analisou ao todo 7.800 localidades em 134 países. Dados mostram que no Brasil, 38 municípios foram analisados, e 13 estão na região da Amazônia Legal.
Relatório World Air Quality 2023:
- 7.800 localidades em 134 países
No Brasil:
- 38 municípios foram analisados
- 13 estão na região da Amazônia Legal
Entre as cidades citadas, Xapuri, no estado do Acre, registra o pior resultado, com cinco vezes mais micropartículas poluentes no ar do que o indicado pela Organização Mundial da Saúde.
Na lista, constam também outras sete cidades acreanas e as capitais Boa Vista em Roraima, Macapá no Amapá, Manaus no Amazonas, Porto Velho em Rondônia e Palmas no Tocantins.
Entre os meses de janeiro e abril de 2023, cidades do Acre e do Amazonas apresentaram índices de micropoluentes no ar dentro do recomendado pela OMS. Mas em setembro, quando foi registrado um dos maiores números de queimadas da história, a poluição do ar alcançou níveis críticos. Em Acrelândia, o índice chegou a dez vezes acima do recomendado pela OMS, com pontuação de 43,2. No Amazonas, depois do estado registrar cerca de 7 mil focos de incêndio em setembro, Manaus apresentou o valor mais alto de poluição do ar do Brasil, com 53,6 pontos, o equivalente a mais de 10 vezes o recomendado pela organização.
Poluição em 2023:
Entre janeiro e abril:
- Cidades do Acre e Amazonas mantiveram o índice dentro dos padrões.
Setembro:
- Poluição alcançou níveis críticos.
- Acrelândia (AC): pontuação de 43,2.
- Manaus (AM): pontuação de 53,6.
Passagem: Segundo o relatório, a forte onda de calor enfrentada no ano passado e o clima seco que causou grandes incêndios florestais na região amazônica foram as principais causas da grande poluição do ar.
A OMS afirma que a poluição atmosférica é uma das maiores ameaças ambientais à saúde pública e é responsável por cerca de 7 milhões de mortes prematuras todos os anos.
Reportagem: Ana Beatriz Mello