A renda mensal média da população brasileira com algum tipo de rendimento fechou o ano passado em R$ 2.846, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Este é o maior valor em 9 anos.

O levantamento feito pela PNAD Contínua considerou pessoas com 14 anos ou mais que estavam ocupadas na semana de referência. Os rendimentos observados no cálculo são provenientes de todos os trabalhos e de outras fontes, como aposentadorias, pensões e benefícios de programas sociais.

O número obtido foi 7,5% maior na comparação com 2022. Em relação a 2019, período de pré-pandemia de COVID-19, o crescimento foi de 0,4%.

Conforme a pesquisa, 140 milhões de brasileiros têm algum tipo de rendimento, o que representa quase 65% da população. A região Sul contabilizou a maior estimativa em todos os anos da série histórica, com 68,8%, enquanto o Norte registrou pouco mais de 57%. O Nordeste apresentou 60,8%.

O levantamento por região apontou uma desigualdade entre os valores dos rendimentos de todas as fontes por região. O Centro-Oeste registrou o maior valor, seguido pelo Sudeste e Sul. Já as regiões Norte e Nordeste obtiveram os menores valores.

Valores de rendimentos por região:

  • Centro-Oeste: R$ 3.355
  • Sudeste: R$ 3.308
  • Sul: R$ 3.149
  • Norte: R$ 2.255
  • Nordeste: R$ 1.885

Atualmente, o Distrito Federal é a unidade da federação com maior rendimento real da população, registrando R$ 4.966. Em segundo e terceiro lugar, aparecem São Paulo e Rio de Janeiro, com R$ 3.520 e R$ 3.510, respectivamente. Já na outra ponta, o Maranhão aparece em último lugar, com rendimento médio de R$ 1.730.

Reportagem: Ana Beatriz Mello