A morte do presidente do Irã abre espaço para que políticos locais disputem a liderança do país, que fica no Oriente Médio. Na visão de alguns especialistas, o regime iraniano pode se tornar ainda mais radical e agressivo.

Enquanto a população se despede do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, que morreu aos 63 anos de idade após a queda do helicóptero em que ele estava, no domingo, aguarda-se com expectativa o nome do novo chefe do país.

De um lado, a população se despede de Ebrahim Raisi, seguindo as tradições islâmicas do país. Já as autoridades iranianas estão reunidas em busca de definir o sucessor do presidente falecido.

Embora fosse presidente, Ebrahim Raisi não ocupava o cargo máximo do sistema político do país árabe. Isso porque a maior autoridade do Irã é o líder espiritual Aiatolá Ali Khamenei, que ocupa este posto desde 1989.

Autoridades ocidentais temem que a atual situação torne o regime iraniano ainda mais agressivo, com a possibilidade de ascensão ao poder de uma geração de líderes mais jovens e violentos. O presidente Ebrahim Raisi era cotado para suceder o poder supremo do país, o líder Aiatolá Ali Khamenei.

No dia 28 de julho, estão previstas eleições para presidente do Irã, mas os nomes passarão pelo crivo de Ali Khamenei.

Reportagem: Segismar Júnior