O café, um dos produtos mais consumidos pelos brasileiros, está ficando cada vez mais caro. As mudanças climáticas estão impactando as lavouras, afetando diretamente a colheita e a distribuição do grão.

Nos últimos 12 meses, o café moído subiu 16,6% para o consumidor, um aumento bem acima da inflação geral do Brasil no mesmo período, que foi de 4,2%, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Em agosto, o preço do quilo do café no varejo atingiu o valor mais alto já registrado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) desde o início da série histórica, em 1997, sendo encontrado a quase R$ 40. Para comparação, em janeiro de 2021, o mesmo quilo custava R$ 15,37. Isso representa um aumento de 157% em três anos e meio.

A seca e as altas temperaturas estão diretamente ligadas ao aumento do preço do café. As mudanças climáticas afetam as lavouras, diminuindo a colheita e gerando incertezas tanto para os produtores quanto para a indústria.

A expectativa também não é positiva para o futuro. O preço deve continuar subindo, devido ao cenário de seca em 2024, que afetará a safra seguinte, cuja colheita está prevista para o próximo ano.

Reportagem: Marcos Nazone