O Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata foi celebrado ontem, trazendo à tona a importância da conscientização e do diagnóstico precoce da doença. Apesar de campanhas como o Novembro Azul, muitos homens ainda enfrentam dúvidas e preconceitos sobre o tema.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de próstata deve acometer 71.730 pessoas por ano no Brasil entre 2024 e 2025. Esse é o segundo tipo de câncer mais frequente entre os homens brasileiros, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma, e é o que mais causa mortes no país, com cerca de 16 mil óbitos anuais.

A detecção precoce é essencial para aumentar as chances de cura, especialmente porque o câncer de próstata pode ser assintomático em seus estágios iniciais. Entre os sintomas mais comuns estão dificuldade para urinar, aumento da frequência urinária, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga e necessidade de acordar frequentemente durante a noite para urinar. Embora seja mais comum em homens acima dos 65 anos, a doença pode surgir em qualquer idade, inclusive antes dos 40.

O histórico familiar aumenta o risco, mas 85% dos casos ocorrem em homens sem parentes diagnosticados. Além disso, o sedentarismo é um fator que pode contribuir para o desenvolvimento da doença. Para o diagnóstico, o exame de toque é indispensável, complementando o teste de PSA e permitindo a detecção de lesões que o exame de sangue pode não identificar.

Reportagem: Priscyla Ávila