Os casos notificados de coqueluche tiveram um aumento significativo em 2024, especialmente nos estados do Paraná e de São Paulo. A principal causa apontada para esse crescimento é a queda na cobertura vacinal, que deveria estar em 95%, mas está abaixo do esperado.
De acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados 3.253 casos de coqueluche neste ano, o maior número desde 2014. O Paraná lidera em ocorrências, com 1.224 casos e 4 das 13 mortes confirmadas no país. São Paulo aparece em segundo lugar, com 870 casos notificados até o último boletim.
A coqueluche é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. A doença atinge o sistema respiratório, incluindo traqueia e brônquios, e é caracterizada por crises de tosse seca. Altamente transmissível, a infecção é propagada pelo contato com gotículas eliminadas pela tosse, espirros ou fala de pessoas contaminadas.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina como forma de prevenção. O esquema vacinal primário inclui três doses da pentavalente aos 2, 4 e 6 meses de vida, além de reforços com a DTP, a tríplice bacteriana que protege contra difteria, tétano e coqueluche.
Reportagem: Priscyla Ávila
