A população da América Latina e do Caribe chegou a 663 milhões de habitantes, 3,8% a menos que o previsto há duas décadas.
Os dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe foram divulgados nesta quinta-feira e mostram um estudo, elaborado pelo Observatório Demográfico da Cepal, que estimava que até este ano a população chegaria a 689 milhões de habitantes.
Conforme o Observatório, um dos motivos para esse número abaixo do esperado é o declínio da fecundidade, que não era visto, por exemplo, na década de 1950, quando as mulheres da região tinham, em média, 5,8 filhos durante seu período reprodutivo. Já em 2024, esse número caiu para 1,8.
Além disso, a maternidade foi adiada pelas mulheres. O estudo comprovou que, em 2000, a maioria tinha filhos aos 21 anos, e em 2024, a idade média é de 24 anos.
Em relação aos países destaques na América Latina, o Chile e a Costa Rica apresentaram um declínio de 91% e 70%, respectivamente.
Paralelo à queda nos nascimentos, outro fato chama a atenção: a população está envelhecendo em ritmo acelerado. Há setenta anos, metade da população tinha 18 anos de idade; hoje, a média é estimada em 31 anos.
Reportagem: Marcos Nazone