Uma nova visão sobre o diagnóstico de obesidade vem ganhando força na medicina, focando em combater o estigma e adotar tratamentos mais personalizados.

Uma comissão internacional de especialistas na doença propõe novas formas de detecção e tratamento. O cálculo do IMC, tradicionalmente usado, deve dar lugar a métodos mais específicos, como a medição do percentual de gordura e a circunferência abdominal. Os especialistas sugerem que a gravidade da obesidade, que orienta o tratamento, será definida com base em 18 sinais e sintomas de risco para adultos e 13 para crianças. O parecer também diferencia dois tipos de obesidade: clínica e pré-clínica. Nos casos clínicos mais severos, o tratamento com medicamentos e cirurgias será priorizado. Já os pré-clínicos, antes vistos apenas como fatores de risco, passam a ser considerados como uma doença.

O documento, assinado por 75 entidades médicas globais, reforça a importância do acompanhamento por especialistas. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, de cada cinco pessoas, duas são obesas.

Reportagem: Ediana Pimenta